A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) vai reunir, nos dias 4 e 5 de março, na Itália, um grupo de especialistas de vários países para discutir a sustentabilidade da pecuária.
O pesquisador Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), é o único brasileiro a fazer parte do comitê técnico assessor para o tema grandes ruminantes. Esta será a primeira reunião do grupo, que será liderado por Berndt. A FAO já possui comitês relacionados aos temas de biodiversidade, produção de aves, pequenos ruminantes e alimentos para animais.
A presença de um brasileiro é uma grande oportunidade para o país mostrar o que tem feito para a sustentabilidade da produção pecuária.
A Embrapa Pecuária Sudeste lidera uma rede de pesquisa - Pecus – que tem o objetivo de conhecer os impactos da pecuária sobre o efeito estufa. São mais de 300 profissionais de instituições de pesquisa nacionais e internacionais em busca de resultados para estimar a contribuição dos diferentes sistemas de produção brasileiros na dinâmica dos gases de efeito estufa, além de indicar sistemas de produção mais competitivos e sustentáveis. Além disso, o país incluiu em sua agenda metas de redução de emissões de gases de efeito estufa por meio de programas que integram a produção de alimentos, a criação de animais e o plantio de florestas.
O evento, que acontece em Roma, tem o objetivo de discutir metodologias que contribuam para a avaliação do desempenho sustentável do setor pecuário, considerando também a viabilidade social e econômica.
No dia 6 de março, o pesquisador da Embrapa apresentará na Reunião Anual a proposta elaborada pelo grupo de grandes ruminantes. Na ocasião, todos os integrantes dos comitês da FAO estarão presentes.
Como resultado da reunião, será apresentado um relatório de apoio à tomada de decisão, com orientações e metodologias sobre avaliações ambientais e sua aplicação na pecuária.
 
Gisele Rosso
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